quarta-feira, 30 de novembro de 2011

QUANDO O AMOR ACABA

QUANDO O AMOR ACABA
De: Ysolda Cabral


No rosto sem alegria,
Um belo sorriso eu via.
Nos olhos a tristeza saltava,
E caia direto na boca que sorria.

O doce do batom,
E o sal da lágrima...
Fiquei a refletir que gosto dava.

Amar é tão ruim!!!
A gente acha que vai até o fim.
Mas, que fim a vida tem,
Quando o amor acaba?!

Como barco a deriva,
Ficamos a navegar,
A mercê de um vento frio,
Em noite escura e sem luar.

Ah, que vida vale à pena,
Sem a magia do amor?!
Estar apaixonado,
É estar em estado de Graça.

O contrário...
É apenas solidão e muita dor.

**********

Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2011
Código do texto: T3364964

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ANSIOSA ESPERA



ANSIOSA ESPERA
De: Ysolda Cabral


Linda e cheia de graça,
Traz a vida na barriga.
Suas formas de menina,
Dão lugar para outra que se forma.

Como será sua carinha...
De menino ou de menina?!
De qualquer forma será bela,
Como é a cara em ansiosa espera.

A construção é demorada,
Feita devagarzinho e calada,
Sem nenhuma pressa,
Em lugar seguro e bem guardada.

Cada dia se faz um pouquinho,
Por vezes pede um docinho,
Do papai um leve carinho,
E antes de dormir faz uma prece...

Ao Deus, Nosso Senhor,
Por aquele que vem vindo,
-Independente do sexo-
O qual será o seu maior amor,
E de todos o mais belo.

*****

Para Ana Carla Rodrigues
( Grávida de 11 semanas - 25/11/2011)

Publicado no Recanto das Letras em 27/11/2011
Código do texto: T3358969

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DE VOLTA À VIDA



DE VOLTA À VIDA
De: Ysolda Cabral


Distraída eu seguia,
Sem saber se era noite,
Ou se era dia,
Sentindo do vento o açoite.

Distraída eu seguia,
Sem saber pra onde ia,
O pensamento distante,
Visível em meu semblante.

Distraída eu seguia,
Sem sonho e sem poesia,
Sentindo no peito a dor,
Da chaga aberta do amor...

Ferimento acontecido do nada,
Do nada que a gente inventa,
Só pra complicar a vida,
Que sem contemplação mata.

Contudo, de repente,
Alguma coisa em nossa mente,
Desperta a força e a esperança,
E de volta pra vida nos lança.

*****
Publicada no Recanto das Letras em 25/11/2011
Código do texto: T3356026

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NÃO É MAIS CEDO



NÃO É MAIS CEDO
De: Ysolda Cabral



Na espontaneidade dos meus gestos,
Na simplicidade dos meus versos,
O pensamento que manifesto,
Vem do meu imaginário concreto.

De certo desprovido de intenção,
Passivo de errônea interpretação,
Sempre tão visível em sua cara.

Contudo o tempo passou rápido,
Tudo inexplicavelmente mudou,
E na reviravolta que a vida deu,
Descobri; seu coração nunca foi meu!

Sossegando a ilusão e o medo,
Seguirei em frente sem hesitação,
Mesmo sabendo que não é mais cedo.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 17/11/2011
Código do texto: T3341326






Imagem Google

terça-feira, 15 de novembro de 2011

VOCÊ É MEU DIA



VOCÊ É MEU DIA
De: Ysolda Cabral


Na suavidade da manhã...
Sinto o teu perfume a me embriagar.
Ao lembrar o teu jeito de me olhar,
Fico sem vontade de levantar.

No calor do meio dia...
Sinto tua masculinidade, tua energia,
A tua elegância e o teu charme,
A me envolver com vontade.

No final da tarde...
Vejo o teu semblante,
Inteligente e reflexivo,
Questionador e instigante,
Porém sempre comedido.

Quando anoitece...
E as estrelas no Céu aparecem,
Entre elas as do teu olhar,
Lembro como é bom te amar.

Na fria madrugada...
Sinto-me aquecida,
Por tua alma gentil e cordata,
Que me agasalha da maneira mais bonita.

E no raiar do novo dia...
Acordo lembrando o teu beijo,
Tão doce e tão meigo,
Que transbordo de amor e alegria.

**********

Imagem: Google


Publicado no recanto das Letras em 15/11/2011
Código do texto: T3336993

domingo, 13 de novembro de 2011

DOMINGO QUE PARECE SÁBADO DOS ANOS 70




DOMINGO QUE PARECE SÁBADO DOS ANOS 70
De: Ysolda Cabral



Não gosto do dia de domingo e este fato é bastante conhecido, pois já falei sobre isso em vários textos que publiquei.

Não sei qual a razão, talvez se fizesse uma análise ou algumas sessões de terapia, a base de hipnose que me fizessem voltar no tempo, quem sabe eu conseguisse explicar...

Entretanto, o domingo hoje está realmente diferente...

- Nem parece domingo!

Parece mais um sábado de festa de quando eu estava com 19 anos e logo cedo saia de casa para fazer a última prova do longo - desenhado por mim - o qual iria usar a noite, em um dos bailes de gala do Clube Intermunicipal de Caruaru, minha cidade natal. Bailes esses, organizados ora pelo Cronista Social Jotta Lagos, ora por Soares, os quais disputavam para ver quem fazia a festa mais animada, luxuosa e bonita. Muitas delas filantrópicas.

Para mim, a expectativa chegava ao clímax exatamente no dia do baile uma vez que, tudo teria que estar na mais perfeita ordem. Atrasar seria imperdoável, uma verdadeira deselegância.

Ah, mais eu corria feito louca naqueles sábados...! Do ateliê da talentosa estilista, Leny Pierre de Mendonça, ao salão de Beleza da ''Zefinha'', minha amiga querida, onde somente ali confiava os meus cabelos, minhas mãos, meus pés, uma leve maquiagem e ficava pronta para o grandioso baile.

Pois é! O domingo de hoje me parece um daqueles sábados...

O dia está lindo, com raios de sol iluminando tudo. O Céu parece mais azul, os pássaros estão cantando mais bonito, as garças - nos arrecifes- repousam tranqüilas e eu, numa tremenda expectativa de que algo especial aconteça...

Sinto o cheiro do mar e lembro o perfume Charlie, da Revlon, usado atrás da orelha, antes de sair de casa para a noite de gala.

- Porque será que o domingo hoje está assim?!

Ah, se ele fosse uma pessoa! Não qualquer pessoa, evidentemente... Eu cairia nos seus braços para dançar o Bolero de Ravel, ou o Tema de Lara, como se fosse o dia do seu aniversário e eu o presente.


* Na foto Aos 19 anos. ( Foto Pissica ano de 1973)

**********

Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2011
Código do Texto : T3333333

domingo, 6 de novembro de 2011

TUAS MÃOS

TUAS MÃOS
De: Ysolda Cabral


A força de tuas mãos,
Entrelaçadas sobre a mesa,
Dava nó em minha cabeça.
Porém, o amor nelas eu via...

A força que fazias,
Em mantê-las longe das minhas,
Denunciava o teu querer.
Pensei no que fazer...

Como nada me ocorreu;
Senti meu coração parar,
O tempo passar,
E nada aconteceu...

Tuas mãos entrelaçadas,
Sobre a mesa,
Apenas queriam as minhas
E o momento se perdeu.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 06/11/2011
Código do texto: T3321156

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

AMOR POR PERNAMBUCO



AMOR POR PERNAMBUCO
De: Ysolda Cabral



Pernambuco Estado pacato,
Não muito poluído,
De povo valente e cordato,
Lugar fácil de fazer amigos.

Bonito que nem tela de Van Gogh,
Mar azul do Sul ao Norte,
Costa rica com garças a vista,
E o agreste do sertão é revista.

O sofrimento é passageiro,
A seca é cruel com o sertanejo,
Mas quando a chuva chega,
Traz alegria e fartura à mesa.

Entretanto, quando traz morte,
É mera questão de sina ou sorte.
Ele chora seus entes queridos,
E segue com o coração partido.

Porém, sem desistir de ser feliz,
- Pois a vida vale cada minuto -
Viver em Pernambuco,
É viver sem cicatriz.

*****

Imagem Google (Nova Jerusalém) Cidade Brejo de Madre de Deus-PE
Para conhecer um pouco da região, acesse:

http://www.achetudoeregiao.com.br/pe/belo_jardim/brejo_madre_deus.htm

*****

Publicada no Recanto das Letras em 04/11/2011
Código do texto: T3317118

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

AMOR VERDADEIRO



AMOR VERDADEIRO
De: Ysolda Cabral


Não importa o que você faça,
Não importa a sua farsa,
Jamais me senti esquecida,
Contudo o pensamento divaga...

Alegremente,
Desesperadamente,
Nunca indiferente!

E divagando sem jeito,
Não se sinta contrafeito,
Pois estou na sua alma,
E ela sempre me acalma.

Acalma a saudade e a tristeza,
Que trago dentro do peito,
Advindos do amor que sei verdadeiro.

*****

Publicada no Recanto das Letras em 03/11/2011
Código do texto: T3315201

terça-feira, 1 de novembro de 2011

FORMIGUINHA EM DESESPERO





FORMIGUINHA EM DESESPERO
De: Ysolda Cabral


Abatida,
Acabada,
Acuada...

Decepcionada,
Desarticulada,
Desnorteada...

Esfomeada,
Estressada,
E transtornada.
Estava a formiguinha.

Culpa do açucareiro lavado,
No escorredor da pia,
Pingando água.

Ai, que raiva!
Açucareiro não se lava!!!

Disse a formiguinha indignada.

- Açucareiro se lava!
E formiguinha não fala, mamãe!!

******

Dedicado à Ylana (04 anos) que de boba não tem nada. (Risos)

Publicada no Recanto das Letras em 01/11/2011
Código do texto: T3311131