quarta-feira, 4 de maio de 2011

SORTE

SORTE
De: Ysolda Cabral


Alma chora...
Desencantada implora:
Tristeza vá embora!

Reza Ave-Maria,
Reza Pai-Nosso,
Por horas e horas...

E a tristeza, assola, desola,
Alastra-se feito peste,
- O terreno é fértil -
Não há vacina que cesse...

Alma pede clemência,
Recomenda-se demência...

Em alerta o coração acelera,
Bate forte no peito,
Buscando ordem,
Mas acontece o desfecho:
Seria a morte?

Não!
Era apenas um pesadelo.
- Ai, que sorte!


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Publicado no Recanto das Letras em 04/05/2011

Código do texto: T2948331