quarta-feira, 31 de março de 2010

"TRANSPLANTE DE BONDADE"



“TRANSPLANTE DE BONDADE”
De: Ysolda Cabral




Novamente em “Tempos de Páscoa...”

Tempo de reflexão, de se renovar a fé, a caridade cristã, a esperança... Parei diante da tela do meu computador, há pouco em branco, pensando alguma coisa proveitosa para escrever e nada me ocorria.

De repente o telefone tocou e eu atendi. Era a minha filha Yauanna que queria saber como eu estava. Falamos rápido e ao desligar o telefone, pensando no quanto ela cresceu rápido, voltei a fevereiro de 1997, quando foi noticiado ao mundo o primeiro mamífero clonado – a ovelha Dolly. Aquilo nos assustou, apesar de não ter surpreendido ninguém.

Yauanna, com seis anos na época, depois de nos fazer um monte de perguntas sobre clone, transplante e etc. e tal, saiu correndo pela casa pulando de alegria.

Ficamos estupefatos com aquela atitude e sem entender nada. Quando finalmente ela parou de comemorar, achegou-se eufórica junto de nós e contando nos dedinhos, considerou:

Duas vezes roubaram coisas de nossa casa
Na escola tem aquele menino que bate e morde todo mundo
Quando ela ia para o terceiro dedinho e, pelo jeito não ia parar tão cedo, lhe interrompi e perguntei o que aquilo tinha haver com transplante, clone, ovelha Dolly. E ela prontamente me respondeu: “ora mamãe, agora os cientistas vão descobrir um jeito de fazer transplante de bondade. Aí só existirão pessoas boas. Eba!!!!!!!”

Pois é!!

Uma Páscoa de Paz para todos, com votos de que " transplante de bondade" um dia seja possível.


*****

Publicado no Recanto das Letras em 31/03/2010
Código do texto: T2169732

domingo, 28 de março de 2010

O DIA MAIS BONITO


O DIA MAIS BONITO
De: Ysolda Cabral


No dia de domingo podemos:
Acordar tarde, comer bastante;
Andar a beira-mar ou no shopping;
Ir ao cinema, ao teatro...

Ou,

Acordar cedo, ir à missa;
Almoçar com a família;
Dormir a tarde toda;
E a noite ter uma bruta insônia.

Na segunda, amanhecer cansada,
Desnorteada e sem disposição,
Esperando que na terça,
Haja uma significativa modificação.

Então chega a terça;
E no enfado da espera,
Você se desorienta e desespera,
Diante de tanta obrigação.

Na quarta, você visivelmente cansada,
Espera que na quinta aconteça alguma coisa,
Que lhe leve cheia de alegria para um novo dia.

Finalmente outro fim de semana chega,
- Com a sexta - E você repleta de animação,
Faz uma faxina completa,
Porém com todo cuidado e atenção.

Pega o cansaço e o enfado;
A falta de perspectiva e de esperança;
A solidão e a saudade...
Faz um grande pacote,
E joga no lixo sem nenhuma consideração...

Enfim, pronta para o SÁBADO,
O dia mais bonito, mais tranqüilo,
E você repleta de esperança
Sonha e espera... E espera e sonha...

E o que acontece...?!
- O domingo pinta!
Você fica sem tela e sem tinta
E morre na praia da desilusão.

*****


Publicado no Recanto das Letras em 28/03/2010
Código do texto: T2163706

sexta-feira, 26 de março de 2010

VALENTE FORMIGUINHA



VALENTE FORMIGUINHA
De: Ysolda Cabral


Sob forte chuva,
A formiguinha anda,
Entre cimento e grama,
Na beira do canal.

Como se passeasse,
Ou fizesse Cooper,
Lá vai a formiguinha,
Na beira do canal.

A água caída do Céu escuro,
Refresca e lhe dá ânimo,
Pra continuar seu caminho,
Na beira do canal.

Sem medo de ser esmagada,
Por sapatos encharcados,
Lá se foi a formiguinha,
Entre cimento e grama,
Na beira do canal.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 26/03/2010
Código do texto: T2160068

RAÍZES NO TEMPO

RAÍZES NO TEMPO
De: Ysolda Cabral

Árvores seculares,
Raízes no Tempo...
Frutos desperdiçados,

Quantos lamentos...
Tantos ais!!!

*****

Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2010
Código do texto: T2158789

ESTRELAS CADENTES

ESTRELAS CADENTES
De: Ysolda Cabral


No chão nove estrelas a brilhar
Em formato retangular
E não asterisco...

São apenas reflexos,
Das luzes do teto.

O poeta enxuga a lágrima,
Sem ninguém notar.

***


Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2010
Código do texto: T2158770

VIDA "QUALQUER COISA"

VIDA “QUALQUER COISA”
De: Ysolda Cabral


Ah! O amor...

Às vezes este sentimento é tão forte que, independente de nossa vontade ele transborda e cria vontade própria. Acredito que isso é comum em qualquer pessoa que ama profundamente e que, infelizmente ou felizmente, não vive o amor em toda sua plenitude. Talvez se vivesse, fosse entendido de forma diferente. - Será que era amor de verdade, ou era apenas um amor desesperado por conta de sua impossibilidade de acontecer?

Não sei... O fato é que, os amores impossíveis sempre são os mais bonitos, mais apaixonantes, mais mágicos, mais poderosos e os mais sofridos, os quais inspiram o poeta a compor verdadeiras obras primas.

Seja inspirado em sua própria experiência, na experiência de outrem, ou simplesmente no seu “Mundo Faz de Conta”, o que importa?

A vida de qualquer pessoa sem amor, sem sonho e sem fantasia é qualquer coisa, menos vida.

Então, se você vive “qualquer coisa”, procure inventar outra maneira pra viver. Assim, viverá contente e feliz deixando os outros viverem em paz.


Este é o meu pensamento.


Publicado no Recanto das Letras em 25/03/2010
Código do texto: T2158491

DIAS DE VERÃO




DIAS DE VERÃO
De: Ysolda Cabral


Manhãs com cheiro de café
E pão assado
Queijo do coalho no tacho
Agradecimento e oração

Pé de goiaba e carambola
Mamão, manga e cajá
Em dias de sol escaldante
Sombras refrescantes
Nas tardes no quintal

Noites frias de lua cheia
Bandolim e violão
Composição de muita música
No terraço de casa
Uma verdadeira audição

Lembranças da menina
Que sei que fui um dia
E que hoje não sou mais

**********

Publicado no Recanto das Letras em 24/03/2010
Código do texto: T2156647

terça-feira, 23 de março de 2010

¨ENCARNADA POR FREI DAMIÃO"


"ENCARNADA POR FREI DAMIÃO"
De: Ysolda Cabral



Ela é bonita, alegre, barulhenta, inteligente, espirituosa e exageradamente minuciosa em suas narrativas, cujo tema sempre versa sobre ela. Ontem nos contou que, no último sábado foi ao casamento de uma amiga. E, como ela e o marido seriam uma das testemunhas resolveu caprichar no visual.

Devo observar que, há um tempo, esteve no seu endocrinologista – aquele das fórmulas milagrosas que fazem emagrecer como num passe de mágica - e seu manequim chegou rapidamente a 42. Entretanto, ao se preparar para o casamento, acima mencionado, constatou que dos 42 já estava perto dos 48, considerando o período menstrual, o qual sempre a deixa um pouco mais redondinha por conta de inchaço. Claro!

Com um apertinho, aqui e acolá, estaria resolvida a questão. Mais que depressa recorreu ao “chupa cabra” de sua mãe (espécie de macaquito que começa nas pernas e termina um pouco abaixo do peito, preso com silicone de altíssima potência, e, segundo ela, capaz de fraturar facilmente as costelas ). Por cima, uma poderosíssima calça-cinta que serviria, inclusive, para manter o absorvente no devido lugar. De sutiã resolveu usar um de bojo para dar mais volume e “altivez”, preso ao pescoço, e, finalmente, estava pronta para ser “envolvida” pelo vestido diáfano, azul turquesa de manequim 42.

Em cima de altíssimos saltos, devidamente maquiada, penteada e perfumada saiu do quarto deslumbrando o marido e o filho que impacientes lhe aguardavam.

Fazia tempo que não se sentia tão bela, elegante, sexy, poderosíssima... O marido “babava” literalmente.

A cerimônia ainda estava pela metade, quando começou a sentir os pés doendo, o pescoço pesando, queimando e, naturalmente, o peito arriando. O silicone do “chupa cabra” se enroscando nas dobrinhas das costas, levando consigo parte do sutiã e da calça-cinta. E o suplicio apenas estava começando.

Finalmente a cerimônia acabou e todos se dirigiram para o salão de recepção. A esta alturas ela se sentia “encarnada” pelo próprio Frei Damião de tanto que sua postura lembrava a dele. Neste momento, em total desespero, implorou ao estupefato marido que a levasse embora imediatamente, jurando nunca mais deixar de comer docinhos e bolo de noiva de casamento algum.

Ysolda Cabral
Publicado no Recanto das Letras em 23/03/2010
Código do texto: T2154604

domingo, 14 de março de 2010

DIA DA POESIA

DIA DA POESIA


Tem dias que a sensibilidade está tão suave que em tudo vê poesia. Já em outros ela fica simplesmente indiferente, como se estivesse cansada, doente... Nessas ocasiões não adianta o poeta querer compor nenhum verso, pois nenhum teria proveito. E, hoje, especialmente hoje – dia que se comemora a poesia – minha sensibilidade está assim.

Entretanto, como não poderia deixar de registrar este dia tão especial, resolvi trazer para vocês – poetas – o primeiro poema que tive a honra de publicar no Recanto das Letras. Com ele deixo meus parabéns a todos vocês, com votos de muita “inspiração suave”.

APENAS FLOR

Hoje sou apenas Flor
Uma Flor qualquer
Nascida em qualquer lugar
Não tenho nome
Não tenho cor
Mas tenho beleza
Sou delicada e bem faceira
Meus espinhos são feitos
De goma elástica
Para não machucar
Apenas jogar longe
Quem de mim se aproximar
Meu perfume se espalha
Por todos os lugares
E se você fechar os olhos,
Respirar bem fundo
Sentirá minha fragrância
E ficará a mercê dela
Por que hoje sou Flor
Flor que não serve para nada
Só para homenagear
O AMOR.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 14/03/2010
Código do texto: T2137795

sábado, 13 de março de 2010

UM ESPECIAL BOM DIA

UM ESPECIAL BOM DIA
De: Ysolda Cabral


Hoje você me acordou cedinho,
Olhou-me curioso, saltitante e contente,
E, lá do seu jeito, me deu bom dia.

Meio indeciso e impaciente,
Ficou a refletir se iria embora,
Ou se ficava ali...

Afinal quem estava mais bonita;
Eu ou a manhã?

Ela estava iluminada,
Eu descansada.

Ela perfumada de maré alta;
Eu, no meu travesseiro de marcela,
Confortável e bem cheirosa.

Ela bem alegre e disposta;
Eu coquete e preguiçosa.

Então a decisão foi fácil:

Você me olhou,
Viu que tinha me acordado,
Deu-se por satisfeito,
Levantou vôo e foi embora.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 12/03/2010
Código do texto: T2134159

quinta-feira, 11 de março de 2010

GRANDE MENTIRA

GRANDE MENTIRA
De: Ysolda Cabral


Nas ruas desertas,
Lavadas de chuva;
Uma saudade me resta.

Na pintura das casas,
De fachadas serenas;
Uma saudade me resta.

Na melancólica manhã ,
De um lugar qualquer;
Uma saudade me resta.

No cheiro da terra molhada,
Pronta para o plantio;
Uma saudade me resta.

No silêncio que paira no ar,
Perturbado pelo som
Dos saltos dos meus sapatos;
Uma saudade me resta.

Na solidão dos caminhos,
Viajando sem receio pro passado;
Nenhuma saudade eu trago.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 11/03/2010
Código do texto: T2132809

quarta-feira, 10 de março de 2010

PRENUNCIO NO AR

PRENUNCIO NO AR
De: Ysolda Cabral



No silêncio da noite escura,
O canto do Acauã.

Nada se mexe!
Há um prenuncio no ar...

O frio não é acolhedor.
Congela os sentimentos mais puros
E mais bonitos.
Promessa de dissabor.

A luz do lampião não clareia.
Nos acordes da viola,
Há um lamento conformado,
De uma tristeza sem vereda.

O tocador perde o compasso.
Vencido pára de tocar.

E no silêncio da noite escura,
Cortado pelo canto do acauã...

O sertanejo não tem dúvida:
É a morte que não tarda pra chegar.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 10/03/2010
Código do texto: T2130483

terça-feira, 9 de março de 2010

FRAGILIDADE

FRAGILIDADE
De: Ysolda Cabral


Fragilidade há no orvalho,
sob o Sol da manhã.

Fragilidade há na noite escura,
sem vaga-lume e sem Lua.

Fragilidade há no banhista,
que não respeita o Mar.

Fragilidade há no doente,
sem família e sem plano de saúde.

Fragilidade há naquele que possui muitos tetos,
quando nega um simples abrigo.

Fragilidade há naquele,
que nega um pão ao faminto.

Fragilidade há na velhice,
sem aposentadoria digna.

Fragilidade há no menino de rua,
“alimentado de pedra”...

Fragilidade há na Flor,
abandonada num canto qualquer.

Fragilidade há no bem-querer,
Quando não é amor.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 09/03/2010
Código do texto: T2129200

segunda-feira, 8 de março de 2010

"O HOMEM FOI FEITO DE NOSSA COSTELA

"O HOMEM FOI FEITO DE NOSSA COSTELA”
De: Ysolda Cabral



Acordei com os primeiros raios de Sol sobre minha jardineira de hortelã, cujos cuidados ando meio esquecida há um bom tempo. Contudo, ela continua firme, forte, perfumada e me acordando de muitos pesadelos. Entretanto, hoje, especialmente hoje, por pura vingança, resolveu me acordar de um sonho lindo, me fazendo levantar com cara de poucos amigos. Fui até ela disposta a lhe fazer uma careta e ao invés disso, sorri e fui mais perto sentir o seu perfume.

Apressei-me, pois precisava chegar cedo ao trabalho para o café da manhã em nossa homenagem, e, enquanto me arrumava, comecei a pensar nas corajosas norte-americanas que, em 08 de março de 1857, foram queimadas vivas por reivindicarem melhores condições de trabalho e de salários na fábrica de tecidos aonde trabalhavam.

- Que coisa medonha!

Fiquei a conjecturar sobre a coragem da mulher. Somos mesmo muito valentes, característica que poucos homens possuem. A maioria deles se prevalece, covardemente, da força física e chama isso de coragem.

- Pois sim!!!

Consegui sair de casa às 06h45m e o trânsito já engarrafado me exasperou. Respirei fundo, tentando relaxar e decidi que nada hoje iria me tirar do tom.

De repente, entre os veículos, uma mulher de bicicleta me chamou a atenção. Procurei minha câmara digital e verifiquei tê-la deixado em casa.

– Que raiva!!!

E agora, como provar o que eu estava vendo?! Porque o que eu via era realmente um ato de bravura por excelência!!

No meio do trânsito infernal uma mulher negra, mãe corajosa, altiva e bela levava suas três filhas para a escola em sua bicicleta.

- Que coisa mais bonita!!!

Chegando ao trabalho, ainda sentindo orgulho de também ser mulher – não tão corajosa como a mãe ciclista – fui ver meus e-mails. Um deles dizia assim:

“Não vou parabenizá-la pelo dia das mulheres porque acho um desaforo reservar apenas um dia, quando todas merecem o ano inteiro”.

É isso aí!!! Merecemos mesmo!

Somos a coisa mais bonita e mais perfeita que Ele fez.

Inclusive, minha amiga poetisa, Cida Sampaio, afirma, com muita propriedade que, o homem foi feito de nossa costela e não o contrário. Sábia e inteligente mulher!

À ela toda minha admiração. (Rsrs)

*****

Publicado no Recanto das Letras em 08/03/2010
Código do texto: T2126880

sábado, 6 de março de 2010

VOANDO ALTO... BEM ALTO

VOANDO ALTO... BEM ALTO
De: Ysolda Cabral


Independente da idade;
Não perca a sensibilidade,
A jovialidade, a espontaneidade.

Independente do medo,
Do sofrimento, do horror;
Não perca o bom humor.

Independente da dificuldade;
Não perca a vontade.

Independente da incompreensão;
Não mude seu entendimento,
Sua opinião, sua decisão.

Independente da tristeza;
Sorria e dê asas à alegria,
A imaginação...

Independente da covardia;
Seja corajosa pelo menos um dia
E ouse, voe alto, bem alto!!

Você deve e pode.
Acredite na sorte.

Independente de ter pesadelos;
Não deixe de sonhar, pois o sonho
Sempre há de lhe deixar mais bonita.

Independente da indiferença;
Ah, esqueça, deixa pra lá!

Hoje é sábado,
E amanhã é domingo;
Um outro dia, com certeza, virá.


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Publicado no Recanto das Letras em 06/03/2010
Código do texto: T2123908

sexta-feira, 5 de março de 2010

ONDE ESTÁ VOCÊ

ONDE ESTÁ VOCÊ
De: Ysolda Cabral


Penso em você e fico calma,
Mesmo num dia como o de hoje,
Que mais parece noite.

A acácia não me anima,
E a realidade é um açoite.

Estou em cinco de março,
Do século passado.

Estou só e lhe procuro,
Infelizmente não lhe acho.

Se estivéssemos mesmo estado lá
Porque nenhuma lembrança trago?

Ah, meu amado, que mundo mais doido!

E hoje, especialmente hoje,
Pelo qual ainda dou Graças,
Que preciso tanto de você,
Porque eu não lhe acho?

*****

Publicado no Recanto das Letras em 05/03/2010
Código do texto: T2121412

quinta-feira, 4 de março de 2010

CARA AMADA

CARA AMADA
De: Ysolda Cabral


Por amor a poesia,
Um belo dia lhe inventei.

Hoje não sei que cara você tem.
Por vezes a cara é amiga,
Outras é estranha e esquisita.

Por onde ela paira,
Não saberia precisar.
Se for pela vida real,
Ela é sobrenatural.

Entretanto,
Isso não importa.
E, independente dela ser:

Preta ou branca,
Vermelha ou amarela,
Vestida de poesia...

É a cara mais amada,
E, mais bonita,
De toda minha vida.

*****

Publicado no Recanto das Letras em 04/03/2010
Código do texto: T2119354

quarta-feira, 3 de março de 2010

PURPURINA NA ESCURIDÃO

PURPURINA NA ESCURIDÃO
De: Ysolda Cabral



Luz de vela;
Um jantar... Apenas.

Luz de lampião;
Noites do sertão...

Luz da lâmpada;
Na Cidade Luz...

Luz do farol;
Namorada no Cais...

Luz de Vaga-lume;
Purpurina na escuridão!

Luz da Lua;
Eterna canção...

Luz do Sol;
Um novo dia!

A mais perfeita:

A do teu olhar,
Ao me ver chegar.

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Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2010
Código do texto: T2115818

segunda-feira, 1 de março de 2010

SONHO DE VERÃO

SONHO DE VERÃO
De: Ysolda Cabral


Dias quentes e lindos...
Saudade aplacada de você.

No coração a certeza,
De nunca mais lhe perder.

Noites calmas,
Sem pesadelos toscos,
Plenas de amor e de descanso.

Amanhecer feliz, repleto de luz,
E de esperança...

Sair por aí...,
Sem destino, sem desatino.

Sentir o Vento no rosto,
Segurar sua mão e seguir...

*****
Publicado no Recanto das Letras em 01/03/2010
Código do texto: T2113966